MANUEL R., Quem me dera ser onda, Lisboa: Cotovia,
1991.
O que mais me atraiu para a escolha deste livro foi a
sínopse, achei interessante porque falava da amizade entre dois rapazes, Zeca e
Ruca, e um porco. Eu sendo uma pessoa que gosta muito de animais achei que este
livro pudesse ser uma boa leitura.
“Quem me Dera Ser Onda” conta a história de uma família
que vive num prédio onde é proibido ter animais. Contrariando essa regra, o
pai, Diogo, decide levar às escondidas um porco para a varanda de casa, com o
intuito de o engordar para a matança do Carnaval. Mas Zeca e Ruca, os filhos de
Diogo, acabam por se afeiçoar ao bicho. Dão-lhe um nome “Carnaval da Vitória”,
brincam com ele, põem-no a ouvir rádio e arranjam mil e um planos para evitar a
matança.
Este pequeno livro é uma história fabulosa, construída
pelos mais belos sentimentos humanos, sendo mais uma vez as crianças a
transportar essas lições que os adultos teimam em não querer aprender, e isso
foi o que me cativou mais durante a leitura deste livro. As crianças, no seu
plano de salvação do porco, usam a solidariedade como forma de resistência ao
poder prepotente dos adultos. A personagem que mais gostei foi Beto, filho do
administrador do prédio onde Zeca e Ruca vivem, pois compreende a beleza da
amizade dos rapazes com o porco.
Recomendo este livro pois apesar de ser pequeno e quase
infantil, aborda temas sérios presentes na sociadade angolana, após a
independência.
MANUEL R., Quem me dera ser onda, Lisboa: Cotovia, 1991.
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